Emissoras preparam o GOLPE FINAL!


Ela moldou o Brasil, criou histórias e manipulou pessoas. Você mesmo já foi manipulado, mas o domínio dos canais abertos acabou. As emissoras abertas estão numa decadência nunca vista. Estamos nos aproximando cada vez mais do fim de canais como Globo, Record e SBT. É inevitável. Porém, nos últimos meses, as emissoras vêm se preparando para lançar uma cartada final. Que promete revolucionar a televisão. Mais do que isso, ela quer confrontar o grande rival da televisão. Mas qual é essa a grande cartada final das emissoras? E será que ela vai mesmo salvá-las? Ou é uma solução que já nasceu morta?  

A morte da TV 

Todo Império tem um início, um ápice e um fim. Os canais de televisão estão agora na sua fase decadente. Isso é inegável. Antes, eles foram revolucionários, mas hoje caminham para o esquecimento. Mesmo nessa fase final, eles querem revolucionar novamente, só que dessa vez sem chances de dar certo. 

Por que não existem chances? Porque o YouTube, considerado o grande rival da TV aberta, não para de crescer nem vai parar tão cedo. Por mais que as emissoras lutem contra isso, não seria exagero dizer que a TV ajudou a difundir elementos da cultura brasileira (para o bem quanto para o mal). 

As novelas, principalmente as da rede Globo, abordaram questões sociais e políticas, influenciando a visão do público sobre esses temas. Mas até onde essa influência não virou manipulação? Até onde a cultura não foi de baixa qualidade e, pior, apelativa? Isso cabe ao público decidir. Uma boa parte dele já decidiu que isso aconteceu e não gosta mais disso. Talvez nunca tenha gostado, mas foi levada a acreditar que gostava, afinal, era a única opção. 

A televisão manipulou os brasileiros abertamente. Ela se aproveitou do Império midiático de ser a principal e única fonte dos brasileiros para se informar. As pessoas deveriam confiar cegamente em 2 ou 3 canais, onde os editores-chefes determinariam o que elas deviam ou não saber, como deveriam se sentir ao receber a informação e se algo era bom ou ruim. 

A Globo apoiou escancaradamente o regime militar brasileiro na época das “diretas já”. Manifestações pediam a volta do regime democrático ao nosso país, mas a emissora foi acusada de não cobrir os protestos adequadamente. Décadas depois, ela pediu desculpas durante o Jornal Nacional por seu apoio ao regime ditatorial brasileiro. Mesmo assim, a emissora continuou tentando influenciar a opinião pública brasileira em períodos eleitorais e além deles. Ela também foi acusada de privilegiar o ex-presidente Fernando Collor de Mello durante as eleições de 1989 e, anos depois, recebeu críticas por uma postura mais favorável a candidatos do PSDB. No entanto, também defendia a esquerda, e todos se lembram de sua postura extremamente crítica ao então presidente Jair Bolsonaro.  

Eu fiz esse pequeno resumo para mostrar que a Globo oscila de opinião quando lhe convém. Sempre tentando convencer você do que ela acha certo e errado. Isso é manipulação, sem tirar nem pôr. E é por isso que a TV morreu, porque a internet tirou o monopólio da informação. Você não é mais manipulado pelos canais abertos porque você não precisa mais assistir eles. Você pode consumir conteúdo audiovisual da forma que preferir.  

As pessoas estarem deixando de assistir TV aberta é só mais um sinal de algo que todos sabem “lá no fundo”: a TV aberta está em decadência. Porém está chegando agora o novo sistema de televisão chamado de “3.0” que promete ser revolucionário. Por isso eu decidi escrever este artigo com objetivo de te manter informado se esse sistema é realmente revolucionário ou é apenas “tempestade em copo dágua”. Será que ATV 3.0 é mesmo capaz de ressuscitar as emissoras? 

O que é TV 3.0? 

Mas antes de mais nada, o que é TV 3.0? Eu posso te antecipar que os grandes atributos desse sistema são legais, mas não são novos. Pelo contrário, você já deve ter encontrado coisas assim “aos montes” no próprio Youtube. E é por isso que isso não vai salvar as emissoras. Mas não vamos colocar a carroça na frente dos bois. Os grandes fatores que explicam a mudança para TV 3.0 é uma qualidade audiovisual muitíssimo melhor, mas principalmente o grande fator é a publicidade direcionada. Sem isso, as TVs abertas iriam caminhar para o esquecimento. 

Consumir conteúdos da mais alta qualidade audiovisual virou algo comum. Você assiste a vídeos em full HD constantemente e está vendo em 4K cada vez mais. No entanto, a evolução das telas acontece mais em aparelhos como celulares e computadores. Um smartphone hoje não deixa nada a desejar para uma televisão nesse aspecto. 

Segundo o Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), “o novo sinal deverá entregar resolução em 4K e 8K, além de uma sonoridade mais imersiva com áudio 3D”. No entanto, para ter essa qualidade, você precisará comprar uma TV top de linha. Mas quanto custa? Isso é uma realidade muito distante do brasileiro comum. 

Sobre a conexão com a internet, como vai funcionar? Haverá suporte à transmissão via streaming de banda larga (e aqui as coisas ficam interessantes). Além disso, haverá integração maior com a internet, permitindo alternar facilmente entre a TV aberta e os conteúdos online das emissoras. A integração dos dispositivos móveis, como smartphones e tablets, com a TV digital poderá resultar no recebimento de conteúdo complementar ou alternativo. Obviamente, será necessário ter uma conexão à internet. Ou seja, você precisará de uma Smart TV, além de ser assinante de uma operadora de internet. Isso significa mais gastos. 

A diferença é que, além da Smart TV com qualidade 4K, você também precisará de uma antena para receber o sinal nessa definição. Ou seja, mais um gasto. Também não será necessário ter acesso à internet para acessá-la, mas, nesse caso, você perderá os atributos que eles tanto alardeiam: interatividade e mais opções de conteúdo. 

Então chegamos ao ouro de toda essa questão: a grande salvação das emissoras. Do que elas precisam para não fracassar ainda mais? A resposta é publicidade direcionada. Somos obrigados a entender isso para depois conferir a opinião polêmica da Globo sobre a TV 3.0. 

O que é publicidade direcionada? 

A publicidade direcionada, basicamente, consiste na coleta e análise de dados de uma audiência com um objetivo claro: criar anúncios personalizados. O anúncio que você vê no seu celular não é o mesmo anúncio que sua esposa vê no celular dela. Mas como isso é feito? Também é simples: os seus dados estão constantemente sendo coletados enquanto você assiste a um vídeo no YouTube ou navega na internet. Não é um dado confidencial como o seu CPF; na realidade, é algo simples: seus gostos e desgostos. 

Ao assistir a um simples vídeo no YouTube, o algoritmo da plataforma “percebeu” que você gosta de um determinado conteúdo. Assim, ele irá te recomendar mais conteúdos semelhantes. As redes sociais e sites coletam histórico de navegação, compras online, interações em redes sociais e até mesmo dados demográficos, como idade e gênero. Com esse monte de informações, fica muito mais fácil separar a audiência em grupos específicos. Simplificando: direcionar quem deve receber propaganda X ou Y. 

Com os públicos-alvo definidos, os anúncios são personalizados para cada um deles. E assim se tornam mais atraentes. Dessa forma, as chances de você pelo menos clicar no produto ou serviço anunciado para saber se tem interesse mesmo são maiores do que numa propaganda tradicional. Esses anúncios mais tradicionais, que enchem os comerciais de TV, são feitos sabendo que não vão atingir um público específico, com uma variedade enorme de grupos diferentes consumidos. Não é à toa que eles são menos efetivos como a publicidade direcionada que acontece na internet. 

Se você gosta de futebol, a chance de você receber uma propaganda sobre a nova camisa lançada pela Nike é bem alta. Assim como se você é fã de filmes e séries, provavelmente vai receber uma enxurrada de anúncios de streamings, como Netflix e Amazon Prime. E essas empresas também fazem uso da publicidade direcionada. É um sistema que se retroalimenta, criado e impulsionado pela internet. YouTube, Facebook, Instagram, Amazon, Netflix, TikTok, Google e várias outras grandes empresas fazem uso disso. Assim, elas lucram mais. Afinal de contas, as empresas estão divulgando anúncios mais atrativos e eficazes e geram mais vendas. Se geram mais vendas, elas vão recompensar as empresas que transmitem esses anúncios, certo? 

O lucro das empresas na internet é inevitável. Isso é exatamente o que as emissoras abertas querem com ATV 3.0. Elas querem mais lucro com seus anúncios, e elas só vão conseguir isso com publicidade direcionada. Isso porque, com a publicidade tradicional, o caminho definitivo era o esquecimento. Como já estava acontecendo, o mercado digital segmentando seus públicos já está engolindo a publicidade na televisão e vai continuar fazendo isso. Sem a publicidade direcionada, seria o fim das emissoras. 

E quando a TV 3.0 será lançada? 

Dizem que no ano que vem, em 2025, teremos mudanças significativas no cenário da televisão brasileira. No entanto, como bem sabemos, o Brasil tem suas particularidades. Muitas vezes, o alarde em torno dessas mudanças não corresponde à realidade. É como se estivéssemos diante de uma revolução de papel, algo que parece grandioso, mas que, na prática, não traz inovações ou transformações radicais. 

Aqui está o contexto: a Globo, outrora uma emissora de televisão tradicional, decidiu se reinventar. Ela não quer mais ser apenas uma emissora; seu objetivo é se tornar uma “mediatech”, concentrando-se em conteúdo e tecnologia. Para isso, iniciou um processo de fusão de todas as empresas audiovisuais do grupo Globo. No entanto, enfrenta desafios consideráveis em um cenário altamente competitivo, dominado por redes sociais e serviços de streaming. 

A grande aposta da Globo é a chamada “TV 3.0”. Essa proposta envolve uma mudança radical na forma como o espectador interage com a televisão e como isso afeta a receita publicitária. Por meio do controle remoto, o usuário poderá alternar entre programas de TV aberta e conteúdo distribuído via internet. A ideia é unir os sinais de televisão e internet, aumentando as receitas publicitárias. As emissoras estão ansiosas por isso. 

Para que essa integração seja possível, o usuário precisará fazer login na televisão. Dessa forma, ele se identificará, e a Globo, por exemplo, terá acesso aos dados do espectador. Isso abre inúmeras oportunidades de negócio, semelhantes ao que já vemos no Facebook e no YouTube, que lucram com publicidade direcionada. 

Outra possibilidade é o comércio digital integrado. Imagine assistir a uma novela e, sem sair da tela, comprar a roupa usada pelo protagonista. Essa integração entre TV e Internet pode ser interessante para os telespectadores. 

No entanto, ao analisarmos mais profundamente, percebemos que essa proposta não é tão revolucionária quanto parece. No YouTube, por exemplo, os criadores de conteúdo já podem vender produtos por meio de links na descrição de seus vídeos. Portanto, a TV 3.0 não traz algo completamente novo. 

Na verdade, essa é uma estratégia das emissoras para continuarem relevantes. O monopólio que existiu no passado está desaparecendo, e elas precisam se adaptar para não perder terreno para seus grandes rivais. E quem é esse grande rival? Nas palavras da própria Globo, é o YouTube. 

No início do ano, durante um evento midiático, os executivos da emissora estavam compartilhando seus planos para o futuro. Lá estava Paulo Marinho, o poderoso presidente da Globo. Ele e os executivos sempre citavam o YouTube como inimigo a ser combatido. Nada de SBT e Record. Eles também são coisa do passado. O site de vídeos é o novo dono do pedaço, inimigo a ser vencido pelos canais midiáticos. Ele não é só rival da Globo, é rival de todos os outros canais. Isso por si só mostra a força do YouTube.  

E se você discorda do que estou falando, tudo bem. Me diga aqui nos comentários por que você acha que estou falando “abobrinha”. Fazendo isso, você vai perceber novamente como o YouTube é diferente. Você imagina a Renata Vasconcellos dando uma notícia no Jornal Nacional e depois indo ler os comentários, discordando. Isso nunca vai acontecer, nem com a ATV 3.0. Os canais de televisão nunca vão se abrir às críticas. Aqui na internet, é permitida a diversidade de opinião, com infinitos canais onde você escolhe livremente o que assistir. Não existe uma programação engessada durante o dia todo, tentando te convencer do que é certo e do que é errado. 

A ATV 3.0 é o último suspiro. Tem um estilo audiovisual ultrapassado e caminha lentamente para o esquecimento. Os canais abertos jamais serão grandes o suficiente para manipular novamente um país inteiro moldando sua vontade. A TV 3.0 só tentará adiar o inevitável, e nem sabemos se conseguirá. 

Gustavo José
Gustavo José Fascinado pelo mundo do terror e do suspense, sou o fundador do blog Terror Total, onde trago histórias envolventes e arrepiantes para os leitores ávidos por emoções fortes.

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*Traduzido de site parceiro